Enquanto Vivaldi toca em minha vitrola, eu arrisco algumas palavras pra uma nova história.
E penso naqueles dias tristes
Em pedras de gelo derretendo em nossos copos de Logan comprado no Shopping China em Pedro Juan Caballero no Paraguai.
Frio do caralho.
Fechei a janela e o frio continua.
As pontas dos meus dedos estão duras.
Escrevo
Ó felizes dias
Ó felizes noites
Ó a puta que te pariu
Na extinta zona Franca de Manaus.
Enquanto Vivaldi toca em minha vitrola, em algum outro canto da inóspita cidade ela abre uma garrafa de Jack Daniels, enquanto comete suicidio ouvindo alguma daquelas merdas nacionais.
3 comentários:
Pankada, o pior que as pontas dos meus bolsos também estão duros.
Miserê. rsrsr
Texto primoroso, aproveitando esse invernico para contextuar, beleza. Um forte abraço, não estou troçando agora não, gostei muito. Texto pequeno e bem elaborado, sem bem que acho que foi de uma penada só, ao seu estilo.
Camilo
Acertou Camilo. Este seu último ta demais também. Valeu cara. E vi que hoje tem leitura do seu livro lá no Ponto de Cultura. Sucesso ai!
Há momentos para Vivaldi, há momentos para aquelas merdas nacionais.
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