terça-feira, junho 30, 2009

MARIDOS EXCEPCIONAIS

Que nosso país está atrasado num monte de coisas em relação aos outros países do mundo todo, não é nenhuma novidade. Mas tem algo que nunca tinha pensado a respeito até receber isso por email. Nós homens brasileiros estamos realmente atrasados na relação com nossas mulheres. Observem:

OS GREGOS

3 

OS POLONESES

2

OS IRLANDESES

O que mais me comove nesta foto é a ternura com que ele toma a mão de sua esposa.

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Claro, os americanos

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e os mexicanos não poderiam ficar de fora.

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quinta-feira, junho 25, 2009

Monte Inverno

Já falei do meu brother Guilherme por aqui. Ele é vocalista da banda Rosa de Saron. Ele é como um irmão. Passamos a maior parte da adolescencia juntos. Entrando em roubadas e fazendo merda. Cada um seguiu teu rumo e agora nos vemos bem pouco e vamos nos comunicando por email, msn etc. Onde trampo os malucos deixam na rádio o dia inteiro. Eu não tenho muito hábito de ouvir rádio em casa, mas vira e mexe ta sempre rolando um som dos caras e por isso resolvi por este post. Disse por aqui também que não é o tipo de som que gosto e ele sabe disso, mas como o cara é meu irmão ouço o que ele faz e admiro pra cacete e acho du caralho. Uma coisa é indiscutível, o moleque canta muito, mesmo com seus trejeitos. Ganhou um prêmio recentemente de melhor cantor. Bom, nesta sexta deixo-os com um pouco do seu trampo. Tem bastante coisa no youtube. Esse é o primeiro DVD que produziram. Tinham muita pouca grana e ficaram devendo até as cuecas, mas agora já era. Valeu o esforço.

Como o video de cima não quer abrir. Mando mais um.

quinta-feira, junho 18, 2009

A PIOR COISA QUE ME ACONTECEU POR ESSES DIAS

lotado

Tomei um susto hoje pela manhã quando vi meu rosto na primeira página do principal jornal de São Paulo. Bebi meu café olhando atentamente pra foto, pra me certificar de que era eu mesmo. Sabe como é quando a gente acorda!? Até a ficha cair... Lavei a cara umas 5 vezes pra não restar dúvida nenhuma. Ao abrir o caderno principal, lá estava minha ignóbil figura preenchendo quase toda a página da matéria. Difícil acreditar. Juro que nunca almejei isto, mas aconteceu. E quando eu menos esperava. A-con-te-ceu.

Quem me conhece sabe que não sou de brigas, mas já fui. A última briga foi pra defender um amigo que estava apanhando na porta do colégio de uns 4 caras enormes. Eu tinha 13 anos, ainda não raciocinava direito, então cai na besteira de querer ajudá-lo. Que merda! Dói só de lembrar a surra. Tudo pra tentar impressionar uma garota, que nunca mais vi. Mesmo fazendo muito tempo é inevitável não me recordar deste episódio quando vejo as marcas e cicatrizes que guardo de lembrança daquele dia. Devo admitir que por um lado foi bom, pois isto me fez nunca mais querer me envolver em brigas dos outros, ou melhor, em briga nenhuma. Também convenhamos, puta covardia. 4 gigantes contra dois franzinos. “Vai ser burro assim lá na casa do c...” – exclamo pra mim mesmo, frequentemente.

Hoje gosto de lutas esportivas e todo fim de tarde saio pra fazer uns treinos e levo comigo minha mochila gigante cheia de coisas. É longe pra cacete e sempre saio de casa no horário de pico de São Paulo. Tenho que enfrentar uma hora de viagem de ônibus lotado com a imensa mochila nas costas. É neguinho olhando feio o tempo todo. Um empurra-empurra fodido e eu e minha mochila lá. Sei que é foda, mas não tenho outra saída.

Ontem aconteceu a cagada toda. Busão transbordando, eu pedindo licença, todos colaborando e no fim do corredor, um cara de costas, ouvindo walkman, ocupando todo o corredor do busão. Fiquei atrás pedindo licença e o filho da puta não se moveu. Passei atropelando, dai ele vira pra mim e fala:

- Cara folgado... A mochila tem que passar primeiro sempre.

Fingi que não ouvi, exatamente porque não estava num dos meus melhores dias, insistente ele continua:

- Sempre tem um engraçadinho que quer ser diferente.

Quando ele disse isso o sangue subiu pela cabeça, mas procurei me conter pra não fazer besteira maior e só retruquei, igual criança mesmo:

- A mochila é minha e faço dela o que bem entender.

Ficou me olhando feio durante uns 5 minutos. Até então não havia me encarado ainda. Não aguentei e perguntei o que foi? Nem respondeu e veio pra cima direto com um cruzado. Me esquivei e já emendei uma voadora no seu peito que o deixou caído ali com os olhos bem esbugalhados e ofegante olhando pra minha fuça com cara de bosta. A cagada é que do nada apareceram mais dois caras que vieram pra cima com tudo. Fui mais esperto e antes da porrada deles me acertar, dei dois socos no nariz de um e um chute giratório na orelha do outro. Ninguém ficou em pé e o ônibus todo se pôs contra mim. Eu só estava me defendo, poxa. Quando eu vi que a chapa ia esquentar pro meu lado, tentei fugir por cima dos bancos pisando na cabeça de quem estava sentado. O ônibus tava em movimento e o cobrador logo percebeu que eu tinha gerado a desordem ali e quando eu estava pra saltar pela janela, ele conseguiu me segurar, mas provido de muita esperteza dei-lhe uma cotovelada no queixo que o nocauteou na hora.

O morfético do motorista que assistia tudo pelo retrovisor em silêncio, pra evitar que eu fugisse pisou fundo no acelerador. Irritado, caminhei sorrateiramente até ele e apliquei-lhe uma gravata, fazendo-o apagar e ai assumi a direção. Pra completar a minha sorte, logo a frente avisto uma barreira de carro da polícia, onde sou obrigado parar, pisando seco no freio, pra não fazer mais cagada. Todo mundo do ônibus veio parar na frente.

Os policiais invadiram o busão armados até os dentes. Perguntavam apenas onde estavam os filhos das putas. E os filhos das putas dos passageiros, apontaram pra mim, sem nenhuma hesitação. Os gambé nem quiseram ouvir explicação nenhuma e vieram pra cima feito boi bravo, se não fosse um dos policiais gritar lá do fundo:

- Achei os filhos das putas. Estão todos aqui no chão.

Acho que eu teria rodado bem. Todos os lazarento dos passageiros que quiseram me foder, agora em silêncio voltaram seus olhares admirados pra mim e começaram aplaudir. Palhaçada!!! Prefiro nem comentar nada. O chefe da polícia perguntou meu nome, apertou minha mão e me levantou no ombro. Puta mico! E um bando de micos ovacionando atrás. Uma multidão já me esperava na porta do ônibus. Repórteres, câmeras, fotógrafos. Flashes daqui e dali e essa putaria toda que fazem quando acreditam que alguém é importante. Não acreditava. Fiquei feliz, me senti um herói, me chamaram de herói. Parece que fiz algo bacana pelo menos uma vez na vida.

Quando a ficha começou cair tudo aquilo começou me encher o saco e pedi pra sair dali. Tenho um pouco de fobia. Que nada, sou misógino mesmo. Comecei correr e um monte de gente veio atrás. Que merda. Não consegui nem ir pro treino. Tive que voltar pra casa. Descobriram onde eu morava e ficaram a madrugada toda gritando na minha janela. Mandei todo mundo a merda e ignorei-os, achando que não fosse acontecer nada. Os vizinhos se assustaram. Depois de toda a loucura, quando tudo pareceu mais calmo, deitei e descansei. Olhei discretamente pela janela e tinha uns peças dormindo sentados na minha porta. Se foda! Quando acordei... Tudo pareceu só um pesadelo, mas quando olhei la fora de novo, vi alguns sujeitos se levantando e saindo dali, resmungando. Fui pra cozinha peguei o café abri o jornal e o que vejo? Essa semana to realmente fodido.

sábado, junho 13, 2009

PEGA NELA

 

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Essa mina é firmeza. Bonita, inteligente, charmosa, cheirosa, elegante, advogada, produtora de moda, personal stylist e mais um pouco. Até a esposa do seo Silvio (Santos) ela anda vestindo pra ir na Hebe. Faz um corre diário atrás do seu ganha pão. Corre danado mesmo. Não pára, não chora e não reclama. Admiro-a e muito. Por tudo isso, pela sua inteligência acima da média, pelo seu carinho etc etc etc. Faz um ano que nos conhecemos, pra minha sorte. Tem história pra cacete neste tempo todo, ou neste pouco tempo. Sou besta pra cacete, na maioria das vezes. Hoje é o aniversário dela. Registro aqui toda minha alegria de poder compartilhar isso ao seu lado. Desejo muito mais força, sucesso, felicidades, blá, blá, blá. Desejo tudo que posso desejar a mim mesmo. Nos conhecemos uma semana antes disso, no aniversário de outra amiga. Parece que todo mundo resolveu fazer aniversário neste mês. É foda. Não vou dar presente pra ninguém, já vou avisando. Bom, é isso. Quer dizer, não é só isso, mas por enquanto páro por aqui e a história vai se construindo com o tempo. Bem, estou eu. Pois sou eu que dou uns pega nela. Há um ano.

domingo, junho 07, 2009

BITO

foto-de-carros-importados-2

- Nossa que “Changeman!”

- ???

Vou enviar uma carta pro Guiness. Tenho certeza que vou entrar como o perito em roubadas.

Quem me conhece sabe o perrengue que vivo. Tempos atrás, andei com a sorte perto de mim, descolei uma grana boa até. A grande merda é que não sabia exatamente o que fazer com tanto dinheiro. Aquele velho ditado: “quem nunca comeu melado, quando come se lambuza.” Estava cansado de ficar de busão lotado pra baixo e pra cima. Metrô é asfixiante. Como a grana era boa resolvi ir até a Av. Europa e comprar algum carro de lá. Claro, quem conhece a avenida deve imaginar o quanto de grana se gasta em algum carro por ali. Eu tava decidido, nem que fosse pra tirar da loja e revendê-lo no dia seguinte, mas queria pelo menos uma vez na vida ser dono de qualquer carrão. Fui numa loja de carros costumizados que há muito tempo cobiçava. Monstruosos. A tarde tinha passado no banco e sacado todo meu dinheiro pra fazer bonito na hora. Puta cagaço andar com tudo aquilo no bolso. Uma maçarola gigantesca de notas de 100 pilas. Descolei um belo terno, pra fazer uma panca e não parecer nenhum assaltante e comprei o possante. Paguei no ato e em dinheiro tirado do bolso na frente do vendedor. O cara ficou estático boquiaberto quando viu. Verificou bem as notas e certificou-se de que não eram falsas. Puta sensação boa.

- É que sou ator. – Expliquei.

Lá estava eu com o carango dos meus sonhos. Não acreditava. Era fim de tarde e não queria sair de dentro dele nem fodendo, vai que no dia seguinte realmente tivesse que devolvê-lo pra pagar o resto das contas. O sonho pode acabar. Fiquei rodando pela cidade horas à esmo. Comecei me sentir cansado. Resolvi que ia parar na vila Olímpia, já que nunca tinha ido lá. Sempre ouvi dizer que as garotas mais cheirosas e lindas freqüentam lá, em contrapartida são bem caras. Tinha sobrado um pouquinho de dinheiro. Cheguei. Estava tudo lotado. Abri bem os vidros do carro para todos me verem. Pelo retrovisor via as pessoas com os olhos grudados na minha máquina possante. Parei no manobrista. Deixei a chave e adentrei o recinto, lentamente.

Do outro lado da pista bati os olhos numa das garotas mais lindas daquela noite. Isto depois de horas lá dentro. Tava escuro demais e não consegui ver detalhes. Aproveitei minha alta autoestima comprada e sorrateiramente aproximei-me e cochichei em seu ouvido:

- A música aqui está muito alta. Gostaria de me acompanhar pra um lugar mais silencioso?

- Não.

Óbvio que ela diria isto. Faria seu jogo feminino. Nem precisei insistir muito e já estávamos esperando o manobrista trazer meu carro. Quando chegou, fiquei olhando-a de canto de olho pra ver sua reação que foi... deixa pra lá. Deixei o dinheiro e disse que o resto era comigo. Gentilmente abri a porta do carro para ela, dei a volta pela frente e entrei. Ela me sorriu pela primeira vez naquela noite. Foi só assim, sob a luz de néon que vinha do retrovisor central que pude ver que lhe faltava um canino. Fingi que não tinha visto aquilo, pra não constrangê-la e nem para me desanimar. Era muito investimento pro dia, pra acabar assim. Foi então que ela soltou:

- Nossa, você é um Changeman!

- ???

Existia a possibilidade dela ter um senso de humor bem aguçado, mas... Pra tentar descontrair perguntei se ela queria ouvir alguma música. Ela disse que adorava ouvir música no carro. Quis saber se tinha alguma preferência e ela disse que não. “Fodeu”- pensei. Deve ser do tipo que tirando sertanejo, axé e pagode, qualquer coisa ta bom. Eu não tinha nenhum cd no carro, então coloquei na 102.1 FM. Pelo horário era a menos mal. Estava tocando Beatles. Numa de puxar assunto, mandei:

- Você curte Beatles?

Pensou, pensou e depois de muito pensar:

- Bito, Bito, Bito... bom, assim de nome não to muito lembrada não, mas parece que é bom. Meio agitado, né?

Realmente ela não estava de gozação. Não tinha um humor aguçado e eu realmente tinha acabado de me enfiar numa roubada. Sem novidades. Achei melhor levá-la pra casa e me livrar logo da encrenca. O foda foi quando ela disse onde morava. Pra lá de Itaquera. Praticamente uma viagem. Mais longe do que Campinas à Artur Nogueira, ou São Paulo à São José do Campos. Um pouco mais foda, porque... o trânsito desta cidade dispensa qualquer tipo de comentário. “Caralho”. Lá fomos nós. “E agora? To fodido mesmo.”

No meio do caminho, eis que uma luz parece me iluminar e me surge uma idéia fenomenal.

- Você ta ouvindo esse barulho?

- Não.

- É alguma coisa estranha. Deve ser no pneu do carro.

Aproveitei pela última vez talvez, poder inflar meu ego.

– Merda, carro velho é assim mesmo.

Não dava pra terminar sem soltar essa. Parei.

- Fica ai. Vou dar uma olhada deste lado.

Fui, disfarcei e voltei. Sentei novamente, respirei fundo meio impaciente e ela numa de ser agradável, perguntou:

- E ai o que foi?

- Deste lado não tem nada. Dá uma olhada ai do seu.

- Claro – Sorriu.

Quando desceu pra olhar. Rapidamente bati a porta do carro. Travei e acelerei. Pelo retrovisor a vi acenando e depois desconsolada abaixou a cabeça. Achei até engraçado. Ela estava perto de uma estação de metrô. Quantas vezes não vi o sol nascer esperando um busão, enquanto vários playboys com seus carros possantes passavam por mim e tiravam um sarrinho. Ela não ia ficar na mão. Em meia hora os metros começariam funcionar. Não estava sendo nada cruel e nem queria me vingar. Só não ia viajar de madrugada. Eu tava cansado pra cacete. Afinal tive um dia de cão.

terça-feira, junho 02, 2009

HOJE ESTRÉIA

passagem