quarta-feira, abril 29, 2009

Kelly Joe Phelps

sexta-feira, abril 24, 2009

ATUALIZAÇÕES

Tava em divídida com isso aqui. Em compensação agora, atualizei o blog pra semana toda. Tirei o dia pra isso. Li todos os comentários, agradeço. Bom fim de semana a todos.

Samir Yazbek

Recomendo a peça de um cara que admiro muito. Já tinha falado dele quando divulguei “A Noite do Barqueiro”. Agora estão em cartaz em comemoração aos 10 anos de “O Fingidor.” Assisti há 8 anos atrás, este fim de semana vou de novo. Imperdível.                                                     securedownload

Pega carona

carona

carona (1)

Teve um dia no set do filme do Lula que apareceu uma atriz de uns 20 anos pra fazer uma diária. Pra não se sentir um peixe fora d´água começou sambar pra lá e pra cá pra tentar se entrosar. Até ai tudo bem, mas na hora que a mina pegou no tranco, fodeu. Deram corda demais. É um tal de sou filha de não sei quem, sobrinha de fulana etc, etc. Se estávamos conversando e falávamos de alguém, ela podia estar do outro lado da rua, que vinha correndo e dizia: “Nossa, adoro essa pessoa, é super minha amiga.” Alguém falou em algum momento da Claudia Abreu. “Nossa a Claudinha, é demais, é super do bem.” Alguém citou Pedro Cardoso, não sei porque. “Nossa, o Pedrinho, é muito sério, sempre que encontro com ele falo e blá, blá, blá.” Caralho, pensei. Ela é amiga de todo mundo, conhece todos, mas ela quem é?

É da turma pega-carona. Não sei se detesto ou tenho pena. Pra mim são só pessoas que não se aceitam, ou que não conseguem se virar sozinhas daí ficam se autoafirmando em cima dos outros. “Meu grupo de teatro.” “Meu melhor amigo é fulano de tal”. E você sem essas pessoas, quem é?

Ia escrever mais, mas me deu preguiça.

O HOMEM COM A BALA NA MÃO

Este texto é o responsável por minha ausência neste blog. 2007 foi um ano que jamais me esquecerei, só espero não passar por nada parecido de novo. Fiquei sem grana nenhuma, não aparecia trampo, nada. Durante um mês descia todos os dias no supermercado e comprava 3 pães. Comia um de manhã, outro a tarde e o último a noite. Parecia que não ia acabar nunca. Já passei por perrengues e perrengues, mas este veio de surpresa e por isso marcou tanto. Como “1933 Foi Um Ano Ruim” do Fante. Não tinha a quem recorrer e nem pra onde ir. Sempre que me trancava no quarto chorava pra cacete, me sentia um derrotado e vinha a merda da vontade de pular pela janela. Um dia cheguei a sentar nela, por sorte o brother que dividia o apê comigo na época apareceu e me segurou.

Só depois de muito tempo vi a merda que tava fazendo, não sei se ia soltar o corpo ou não. Não sei mesmo, mas eu tava lá a ponto de desistir de tudo de um jeito ou de outro. Meus pensamentos começaram a me perturbar muito e então resolvi escrever sobre isso, numa tentativa de salvação. Tinha um pouco de medo do que eu pudesse fazer, involuntariamente. Sempre insisto em dizer que não temos noção do que somos capazes.

Ficava me perguntando, o que passa na cabeça de um sujeito minutos antes de dar cabo da vida? Me liguei que somos todos suicidas em potenciais. Mas porque uns chegam ao ponto de e outros não? São corajosos ou covardes? Perguntas do senso comum, que sempre nos acompanham. Foi então que me fechei e comecei pesquisar sobre tudo relacionado, já sabendo que nunca teria uma resposta exata, mas talvez pudesse chegar próximo, ou descobrir outras coisas.

Com o tempo tudo isso foi me aliviando, mas num determinado momento, comecei desanimar, por achar já um assunto gasto e vi que não ia dar em nada, então convidei dois amigos pra me ajudar escrever, mas por razões próprias, ou desinteresse do assunto na época, não rolou. Quase desisti com isso, tava foda. Foi então que resolvi ir ainda mais afundo nas pesquisas e tentar mais uma vez. Comecei abrir a idéia pra algumas pessoas e elas iam me indicando coisas e coisas.

Conheci irmãos, pais, amigos de suicidas que também foram me ajudando. Descobri histórias e histórias, como a do Vinicius Gageiro Marques, conhecido como Yoñlu no mundo virtual que se suicidou com a ajuda de pessoas que freqüentam um fórum na internet com esse intuito. Estava com a webcam ligada e as pessoas assistiram. Vi um maluco que se jogou do prédio atrás do meu trampo. O corpo ficou lá estatelado o dia todo, com uma arma no chão e os miolos espalhados. Teve outro que estourou um rojão na boca, também do lado do meu trampo etc. Como o tempo percebi que isso tava pesando e novamente quis desistir. Puta assunto punk pra se pesquisar. Começou bater depressão e a porra toda. De não conseguir sair da cama, tomar banho etc. Deixava tudo jogado no quarto, não tinha vontade de arrumar nada. Contei como estava pra uns amigos e disseram que parecia ser depressão mesmo. Preocupado comecei procurar psicanalista público, mas assim que consegui acabar o primeiro tratamento do texto me senti melhor e tive certeza que era isso que tava me fodendo, daí me poupei de gastar uma grana se fosse preciso e tempo. Li muito sobre depressão. Sempre achei que fosse doença de rico, mas tem pessoas que nascem com uma disfunção cerebral, onde ele não consegue produzir serotonina e então, tem que passar a vida tomando remédios. Pensei que tivesse isso.

Enfim, aprendi pra cacete sobre o assunto e consegui escrever o texto. Claro, impossível fugir do senso comum com um tema deste, mas imprimi meu ponto de vista, fruto desse monte de coisas que pesquisei, por um pouco mais de um ano. Quando estava fechando-o, me ausentei daqui. Agora me ausento pra decorá-lo. É coisa pra cacete e como escrevi milhões de versões, na hora de decorar confundo tudo. Espero estréia-lo este ano ainda em São Paulo. Primeiro vou viajar pelo interior pra tentar levantar uma grana. Não consigo esperar projetos, leis etc, prefiro ir fazendo. Se der certo até o fim do ano espero que meus amigos daqui possam assistir. “O HOMEM COM A BALA NA MÃO.” Tem muita gente que me ajudou depois do primeiro tratamento lendo-o e dando opiniões e tem algumas pessoas me ajudando nesta nova empreitada. Valeu.

MOTOBOYS DE MERDA

MOTO

Não curto encrenca. Sempre fujo, porque se entrar, vou até o final. Devo ter cara de bobo, não é possível, sempre as pessoas insistem em querer arrumar uma comigo, fora os pedintes que me veem e correm pedir grana. Por que será? Quando eu era moleque vivia metido em roubadas. Morei numa vila, mais ou menos perto de uma favela gigantesca e a molecada da favela baixava lá e consequentemente me tornei amigos dos caras. Fui um moleque até um pouco sociável. Tive amigos. Na verdade procurava companhia pra fazer merda e arrumava os mais malucos. Fodeu tudo quando uma vez destruímos uma construção aos pontapés e a marretada, pra roubar todos os canos PVC e fazer estilingues. Era nossa curtição na época fazer guerrinhas com isto. As estilingadas doíam pra cacete. Quando pisei em casa a polícia tava lá esperando. Devia ter uns 11 anos. Já estavam de olho na gente há muito tempo. Foi uma puta confusão. Minha mãe ficou louca, me quebrou de porrada e depois me mandou pra uma cidade minúscula, quase no meio do mato, na casa da minha já falecida avó. Fiquei endoidecido. Ficava trancado num quarto dia e noite, sem poder fazer porra nenhuma. Só saia pra comer, mijar e cagar. Passava os dias com diarréia forçada.

Depois disso as coisas só pioraram, daí é assunto pra outro post. O fato é que hoje fui atravessar a rua de casa correndo, veio um fdp de um motoboy costurando os carros a mil por hora e quase me atropelou. Parei há tempo e cai sentado. Me joguei, pra ser mais claro. Na sequencia tava vindo um carro, sorte que freiou a tempo, senão tinha me fodido. Motoboys já não são bem vindos.

Sei que temos até um certo preconceito com eles, mas não é por menos, fazem por merecer, são encrenqueiros e acham que todos tem medo. Então botam panca. Enfim. Me levantei, desculpei-me com o motorista e segui. De repente ouço um grito: “Ou, ou...” Quando olho era o morfético do motoboy botando panca, lá longe e no meio do trânsito. Bagunçando tudo. O sangue subiu pra cabeça na hora. Ele deve ter achado que eu ia sair correndo. Larguei tudo que tinha na mão. E fui pra cima do cara. Começou querer bater boca. Não sou de bater boca, é perda de tempo. Então falei pra ele descer da moto. Nisto um monte de motoboys foram parando também. Daí o cara se sentiu maior ainda. Ele desceu e foi tirando o capacete. Não dei tempo de deixar o cara dizer mais nenhuma palavra. Soltei-lhe só um soco que pegou de cheio na ponta do queixo. Foi bem mirado. O suficiente pra cair e ficar por lá. Nisto os outros começaram descer e vir pra cima.

Comecei distribuir socos e caneladas pra tudo quanto é lado. Derrubei mais 3, a grande merda foi quando a polícia apareceu. Me pegou. Passei a manhã na delegacia com os 4 que derrubei me ameaçando, consegui falar com uns brother da polícia que conseguiram me livrar desta. Ficou resolvido, mas acho que os motoboys, vão querer me por no pau, ou me apagar, mas enfim... Consegui só sair agora. A sorte que tive testemunhas a favor e disseram que eu estava só me defendendo. Não sei que merda vai dar isso. Só espero que minha mãe não fique sabendo  que estive metido em encrenca com a polícia novamente.

sexta-feira, abril 17, 2009

FERIADO

Vou tentar fugir pra algum canto. Quem for ficar, bom feriado e se divertam ai.

A internet deve ter sido a melhor invenção dos últimos tempos. Quem é esperto consegue ficar rico, arrumar enrosco, trabalho etc. Dentre tantas outras razões, é por isso também que gosto dela. Exemplos:

1.Um maluco ai ta querendo arrumar uma mulher séria pra casar. Investiu pesado. Não deixem de ler o texto depois das fotos. Campanha desencalha Wanderson. Aqui.

2. Maior, melhor e mais saboroso cachorro quente do mundo. E a propaganda não tinha como ser inferior ao produto. Aqui.

3. Tragédia. Avião perde a asa e ainda consegue pousar. Aqui.

terça-feira, abril 14, 2009

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA TANTO BATE ATÉ QUE FURA

Enquanto procurava nos meus arquivos umas fotos pra postar, me deparei com a que virá abaixo. Acabei com vontade de escrever. Não sei porque. A ficha às vezes demora pra cair. Às vezes nem cai porra nenhuma. Sempre admirei os persistentes. Aqueles que se fodem pra cacete mas não tem medo de merda nenhuma, nem de se foderem e conquistam seu espaço, ou chegam no seu objetivo. Sabemos que o objetivo de cada um nesta vida é muito peculiar. Sabemos que o que estou dizendo é redundante demais, mas foi necessário pra este texto existir. Sempre me espelhei nestas pessoas. Tenho um pouco mais de 29 anos e meio de idade e até agora não conquistei nada concreto. Num momento da vida, juro que tive a ingenuidade de pensar que as coisas seriam um pouco mais fáceis. Me fodi. Mas agora não tenho como voltar atrás. Não sei exatamente onde vou parar, onde posso chegar, apesar das porcarias dos conflitos, me sinto bem. Já passei perrengue até de ficar sem comer e juro que continuo com esta insegurança às vezes. Nunca sabemos o que virá. A vida é campeã mundial de judô. Mas nada me faz desistir de querer fazer só o que sei e o que gosto. E quando nesta guerra conquistamos aliados, a batalha fica mais divertida e é por isso que escrevo isso. Os olhos que verão, persistiu o tempo todo dizendo que havia se aliado a mim. Fui resistente demais. Burro até. E continuo não muito diferente. E as fichas iam caindo, lentamente, lento até demais, mas gosto assim e acho bom. Apesar de tudo, de todas as dores, parece agora que uma ficha bem pesada bateu de jeito no fundo do velho e quase pifado orelhão. “Alô.” Obrigado. Estou feliz. Assim. P1310006

FOTOS

Quem entra aqui sabe que ando fotografando por ai. Enquanto não encontro animo pra voltar escrever, só pra não deixar isso abandonado vou postando algumas fotos. Quem sabe, de repente depois do próximo feriado, eu volte no pique, porque este... Por enquanto ando com a cabeça em outras coisas. É chato pra cacete, mas dou essas satisfações porque gosto pra caramba deste blog. Gosto dos amigos conhecidos e não conhecidos que visitam aqui. Gosto quando deixam comentários. De uma certa forma é uma maneira de manter o contato. É que a fase ta foda mesmo. São outras coisas na cabeça. A preguiça predomina etc.

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terça-feira, abril 07, 2009

QUANDO ENCHE O SACO PREFIRO DAR UMA PAUSA

Amigos e amigas, ando sem vontade de escrever aqui e em qualquer outro lugar. Deve ser culpa do monólogo que passei mais de um ano tentando terminar. Me consumiu muito. Assim que essa fase passar, escrevo por aqui sobre “O HOMEM COM A BALA NA MÃO”. Pretendo descansar e espero voltar da Páscoa pronto pra recomeçar. Por enquanto estou assim:

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Bom feriado a todos e pra quem pratica: Boa semana Santa e Páscoa. Se sobrar chocolate por ai. Guardem pra mim.