No fundo você espera que o telefone toque, que batam à sua porta, ou apertem a sua campanhia. No fundo a gente sempre espera alguém, inventa coisas e cria histórias. E quando olhamos pela janela e não encontramos nada... no outro dia, ficamos com medo de abri-la novamente, porque entra um vento gelado carregado de lastimosas lembranças e o inverno chega com seu forte clima nostálgico. E lá no fundo, bem no fundo a gente fica torcendo por um boa noite dela, pra depois nos deitarmos numa cama fria sob quentes cobertores e esperar que o sono chegue logo com os sonhos. Talvez a única esperança. Mas no fundo queríamos estar tomando chocolate quente na frente de uma boa fogueira, com a cabeça no colo de nossas mães, ouvindo teus contos enquanto procuramos um final para os nossos. E todos os dias a gente corre olhar debaixo da porta esperando chegar alguma carta. Até mesmo uma carta vazia, só o envelope mesmo, com o nosso endereço escrito com letras de mão. E no fundo, no fundo... (um breve silêncio)... são tantas coisas que prefiro mesmo me calar... até o dia em que a vida realmente... (deixa pra lá, apertem o reset e tudo se inicia do zero). Eu não sei, mas no fundo, no fundo... acho que gostaria de saber... merda nenhuma.
Últimos dias de imundice:
Há um dia
3 comentários:
Espera...triste, Pankada. A gente tem de transformar as coisas,porque há muito de bom embaixo da porta e do tapete, tem de reciclar, mermão. A vida não se divide numa folha de porta.
Um abraço, caro poeta, ator e amigo.
Valeu meu amigo!
Gosto muito desse texto! Abração.
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